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Se da vida as vagas procelosas são,
Se, com desalento, julgas tudo vão,
Conta as muitas bênçãos, dize-as duma vez,
E verás, surpreso, quanto Deus já fez!
Conta as bênçãos! dize quantas são,
Recebidas da divina mão!
Vem dizê-las, todas duma vez,
E verás, surpreso, quanto Deus já fez!
Tens acaso mágoas? Triste é teu lidar?
É a cruz pesada, que tens de levar?
Conta as muitas bênçãos, não duvidarás,
E em canto alegre os dias passarás.
Quando vires outros com seu ouro e bens,
Lembra que tesouros prometidos tens!
Nunca os bens da terra poderão comprar
A mansão celeste que vais habitar.
Seja o conflito fraco ou forte aqui,
Não te desanimes: Deus será por ti,
Seu divino auxílio, minorando o mal,
Te dará consolo, e galardão final.